O que eu mais tenho feito nos últimos dias é visto TV - coisa que nem gosto muito mas que, na necessidade, eventualmente, rende alguns frutos.
Hoje, no Programa do JO, assisti a entrevista com uma reumatologista que, embora superficialmente, falou um pouco sobre essa doença que é, apesar de tantas pesquisas, uma incógnita para a medicina - ninguém sabe de onde vem, o que causa, o que desencadeia, se é genética, hereditária... No ano passado, estive com um especialista, pesquisador da USP há quinze anos sobre reumatismo, e ele me pareceu desanimado: tem uma infinidade de dados que não se cruzam e não levam a nenhuma conclusão padronizada - a doença não segue um padrão. E quase todos os médicos que fui, pediam um teste ergométrico - e eu nunca questionei porque. Com esse, me senti confortável e ouvi, estarrecida, a explicação de que 60% das pessoas que morrem antes dos 40 anos de infarto e problemas respiratórios, têm relação com reumatismo sem o saber. Nunca imaginei tal relação de ossos com a coronária... Olha...
Mas mudando de assunto, hoje (agora já é ontem), revi Destinos Cruzados - que conta a história em que, depois de um acidente aéreo, os viúvos descobrem que seus parceiros eram amantes. Harrison Ford e Kristin Scott Thomas encarnam os traídos, pegos numa razoável surpresa.
Será raro isso de acontecer? De toda forma, é bem inesperado - pra dizer o mínimo.
O que fica, é aquela sensação enlouquecedora de não saber como tudo começou e a partir de que momento o outro passou a viver uma vida dupla bem debaixo do nosso nariz, enquanto tudo parecia perfeitamente normal.
A pergunta que se faz quando uma bomba dessas cai sobre nós, é mais ou menos essa: "Até onde posso ir no passado com lembranças verdadeiras?" Sim, porque tem um ponto em que a mentira passa a prevalecer e, quando esse retrocesso obrigatório se dá - porque se instala uma sombra sobre a relação que se precisa destruir -, fica quase claro o instante exato em que tudo mudou, mesmo que a mudança não fosse imediatamete visível....
Na vida real, deve ser mais ou menos como um filme: cenas vão passando na memória e vai-se juntando todos os gestos, os horários, as palavras, os imprevistos, os silêncios - antes imperceptíveis e tão naturais...
Surpreendente e triste...
Mas o filme é bom.
Aproveito para agradecer todas as muitas manifestações de carinho: só isso, já vale muito e ajuda bem a melhorar...
Também dou as boas vindas a todos os que tem chegado aqui por esses dias, pela primeira vez, e fazendo interação positiva... Diversidade boa essa da Internet...
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