• Porque escrever é um vício.

    E ontem estivemos junto a uma amiga muito querida, que já foi virtual mas há muito tempo não é mais - ela pertence àquele primeiro grupo que se encontrou (ela estava na segunda ocasião, quando somamos mais, ao todo uns quarenta).

    Fomos, pela quarta vez, comemorar seu aniversário.

    Ela telefonou e roubou a aniversariante de nós, mas está perdoada porque deu uma palavrinha comigo e é sempre bom ouvi-la.

    O curioso dessas reuniões é que unem-se no mesmo ambiente pessoas hiper conectadas - gente com experiências virtuais, antenadas -, internautas casuais - que vêem o meio apenas como um eventual sistema de pesquisa e trabalho -, e alguns que ainda a estão descobrindo, sem saber ao certo o que realmente há por trás disso tudo. Esses dois últimos grupos, quando a gente fala que se conheceu pela Internet, há quase cinco anos - e lá havia vários de nós que não perderam o contato e estão sempre se encontrando -, ainda que em diferentes níveis, nos olham como se fôssemos verdadeiros ET´s.

    A gente ri disso - fica até tema de papo divertido -, mas eu me pergunto sobre essa distância que se impõe para algo que é parte do cotidiano de razoável parcela da humanidade - não tantos quanto seria ideal, dado às diferenças sociais, culturais e afins, mas em número já considerável. Não entendo muito porque o espanto ainda se dá.

    Que pensam esses, afinal? Que seres que mexem com computador são verdes, têm sangue gosmento e orelhas pontudas, soltando fogo pelas ventas?

    De onde se tirou a idéia que por trás de letras na tela estão pessoas diferentes e não seres humanos de carne e osso, que falam, pensam, choram, riem, têm problemas, comem bolo de chocolate, casam-se, ficam doentes, separam-se, engordam, fazem regime, dirigem, - até morrem! - e, por acaso, vivem no mesmo mundo único?

    Ah! Fala sério, hein? Estamos no século XXI!!!

    Mas o bom mesmo é estar com gente querida, rindo, trocando energia e idéias - uma noite pra lá de agradável.

    Não tem preço.


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