Meu marido costuma, amorosamente, recitar essa poesia para mim - cujo autor não temos certeza, mas julgamos ser Guerra Junqueiro (se alguém souber, por favor, me escreva).
É um texto muito especial para nós...
"A vida, manso lago azul,
Algumas vezes, algumas vezes, mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem névoas nem espumas.
Sobre ele, quando desfazendo as brumas matinais,
Rompe o sol vermelho e quente,
Nós dois boiamos indolentemente
Como dois cisnes de aguacentas plumas.
Um dia, um cisne morrerá por certo.
Quando chegar esse momento incerto,
Onde, quem sabe, a água do lago ainda se tisne
Que o cisne viva cheio de saudade,
Nunca mais cante nem sozinho nada,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne..."
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