• Porque escrever é um vício.

    Presença de Anita: primeiras impressões...

    Eu tenho visto apenas flashes da minissérie, mas penso em comprar o livro - que aborda um tema intenso, sempre atual, e, na minha concepção, mais fácil de 'digerir' através das letras.

    Na tela, a atriz principal me dá um pouco de asco. Não sou puritana, mas essa amoralidade explícita me soa um tanto exagerada - tanto mais para a época. A sensualidade é uma arma feminina que, se não usada com cuidado, torna-se vulgar e banal... Eu gosto da sutileza...

    Claro: o texto vem para causar estardalhaço mesmo, apesar do novo milênio - já o fez com glamour nos anos 40 -, e Mel Lisboa vestiu a personagem com muita propriedade.

    Numa entrevista que vi com a menina/moça, percebe-se que há nela um ar dissimulado, que oscila, mas falta-lhe naturalidade e inocência. Lembrou-me as mulheres muito objetivas, que nunca relaxam - pois tem uma meta da qual em momento algum se desviam -, o que torna seus gestos e palavras pensados e repensados milimetricamente, o sorriso uma máscara ocasional, o riso comedido, o olhar carregado de ambição... Nada contra: cada um, cada um... Apenas divagando em pré-julgamentos - nem sempre corretos, diga-se de passagem...

    Voltando ao livro: segundo li numa resenha, as semelhanças com Romeu e Julieta, de Shakespeare, acabam com o pacto de morte selado pelos amantes. Muito óbvio: seria demais comparar a pureza daquela tragédia com o romance moderno de Mario Donato, quando a traição é o ponto alto da trama, com um 'quê' de loucura intenso - que é o que leva os envolvidos ao drama de acabar com as próprias vidas... Ah! O que não se faz em nome do amor!

    Em matérias mil sobre a polêmica abordada, percebe-se que o que realmente sacode o interior humano, não são os 30 anos que separam os 'apaixonados' em questão, mas a ruptura da estrutura familiar. Penso que, não importa quanto tempo passe, o mundo nunca estará pronto para a perfídia.

    De toda forma, acho que não cabem mais em nossos cotidianos fatalidades como essa... Quero crer que já tenhamos compreendido que não é preciso morrer nem destruir para se viver um amor...

    Afinal, o amor se faz de vida e construção... (Ou será que essa crença é uma ingenuidade minha?)




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