• Porque escrever é um vício.

    Ontem de manhã, uma das primeiras notícias que li no UOL, falava do espancamento sofrido pela mulher do cantor e apresentador Netinho. A moça, de nome Sandra, está com o rosto cheio de hematomas por conta de 'desentendimentos conjugais' durante a madrugada de anteontem.
    Fiquei pensando que os tempos mudaram - graças a Deus! Hoje, as mulheres já mostram a 'cara' marcada pra quem quiser ver, sem medo nem vergonha. Denunciam, correm atrás de sua defesa e de proteção policial e judicial - ela já tem um mandado da Justiça que proíbe o 'rapaz' de entrar em sua casa, onde viviam com sete filhos dele (dois adotivos).
    Uma coisa me surpreendeu: pela manhã, havia uma declaração da Rede Record dizendo que Netinho tinha passado a noite em questão em gravações na emissora (!?). Se for verdadeira a versão de Sandra - na qual acredito dada a obviedade de sua face -, fica feio pra Record, uma emissora que se diz evangélica, compactuar com esse tipo de atitude de um de seus funcionários, mesmo que ele seja de seu alto (?) escalão. E feio mesmo ficou pra imagem de bom moço que o Netinho passa.
    Pessoalmente, nunca gostei muito dele, mas é certo que jamais imaginei tal caráter duvidoso.
    Seja como for, fiquei feliz de ver a postura de Sandra, que não se intimidou com a posição que o marido ocupa na mídia. Mesmo que não dê em nada - já que muito provavelmente ela deverá retirar o processo contra o marido, como sempre acontece -, tomara esse exemplo breve sirva para tornarem-se públicas muitas ou todas as denúncias de agressão de maridos sem escrúpulos.
    Amém.
    E vale lembrar: a coisa é maior do que se imagina e não acontece apenas nas favelas, como julgam os leigos no assunto, afirmando que só as mulheres menos favorecidas, destituídas de cultura e autonomia pessoal passam pelo drama.
    A Revista Claudia vez ou outra aborda o assunto e alguns especialistas consultados são categóricos: o índice de mulheres que são agredidas dentro de suas próprias casas tem proporções incalculáveis. E sim: acontece nas melhores famílias e não apenas no morro.

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