• Porque escrever é um vício.

    A noite de natal aqui em casa foi especial - como sempre o é. Todos os filhos, as noras, a neta, um dos irmãos do meu marido com a família: uma reunião tumultuada e feliz, com todo mundo falando ao mesmo tempo, rindo, trocando presentes e, claro, comendo muito e brindando tudo.
    Depois vem a calma: as mulheres sentadas na sala, naquele papo peculiar que envolve maridos, filhos, os afazeres tradicionais e o universo feminino - que estamos sempre tentando decifrar -, enquanto os homens debandam cá pra dentro, nos computadores e seus assuntos tecnólogicos - e os nem tanto.
    Antes, ela telefonou - como sempre faz - e é sempre bom ouvir-lhe - tanto mais pra saber que domingo ela aporta nessa São Paulo para nos ver antes de seguir viagem para onde vai cruzar o portal de 2003.
    E ontem, no final da tarde, ela - linda, de cabelo mais curto! - nos presenteou com sua deliciosa visita - e um potinho de açucares em multi-formatos natalinos -, sempre muito querida e delicada, rindo conosco - mais que nunca, alguém que é parte da nossa vida agora.
    Mas eu confesso - e ela é testemunha viva e real -, fiquei exausta depois que tudo acabou. É tanta coisa pra deixar tudo em ordem, e a correria também é tanta, que quando a gente pára e relaxa, vê que, como dizia o pai do meu marido, o corpo é uma máquina como outra qualquer.
    Faltou-me forças até para escrever. Eu, ontem à tarde, deitei-me para ler o livro que ganhei de uma das minhas noras - O Homem Duplicado, de José Saramago - e não consegui passar das cinco primeiras linhas: dormi feito pedra, só levantando quando avisada de que ela estava subindo.
    Mas bom mesmo é que tudo saiu bem e que foi uma noite agradável seguida de um dia tranquilo, mais um natal que se soma aos nossos dias felizes, às muitas recordações que, no futuro, serão parte das nossas melhores lembranças.
    É a vida, acontecendo...

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