De volta.

Primeiro, quero dizer que adorei saber que muitos dos visitantes desse espaço viajaram comigo para Campos - não tanto pela minha descrição mas, certamente, pela imaginação aguçada de cada um, na carona de um cenário que é muito real.

A Capela é mais linda do que eu imaginava: pequena, com paredes de pedra, o sino, bancos de madeira - feitos à mão por um marceneiro que tem um talento invejável. Linda e delicada...

Cada vez que vamos lá, há algo diferente. Dessa vez, aproveitando a água de uma nascente descoberta, uma roda faz descer uma cascata sobre a pedra, caindo no lago. Também tinha uma nova escultura de pedra no jardim: uma mulher, sentada num banco, mãos apoiadas no rosto - feita pelo mesmo marceneiro. Minha cunhada a chamou de "Mulher Pensando".

Mas o melhor, claro, sempre são as pessoas. E é verdade, como ela disse, que esses encontros deveriam ser mais frequentes, mas a vida moderna, infelizmente, não nos permite estar muitas vezes, todos juntos ao mesmo tempo, naquele lugar que é um paraíso de paz - conciliar os horários dos quatro, dessa vez, já foi um esforço sobre-humano para nós, as mulheres.

E sobre nós, as mulheres Lessa, eu poderia escrever um livro.

Sou a mais nova - como também meu marido é o caçula. Mas a diferença maior entre nós é que eu sou a terceira esposa dele, enquanto todas elas são as únicas. Minha cunhada mais velha está casada há 42 anos; outra há 38; e a outra há 33. De toda forma, o interessante é que, apesar da minha idade ser levemente menor e de ser eu a última a chegar na família, a interação é perfeita. Desde a primeira vez, fui recebida por todas com um carinho ímpar.

O que posso dizer é que o fim de semana superou as expectativas - embora encontrá-los, todas as vezes, é sempre bom. A harmonia, a alegria, a imensa troca de cada um para com todos, tornou tudo especial.

Voltamos renovados - sabendo que a vida é uma dádiva e que a felicidade está, como eu sempre digo, nas pequenas coisas.