• Porque escrever é um vício.

    Vou navegando por aí e lendo blogs - muitos pela primeira vez, na carona dos links deixados pelos que recentemente têm aportado aqui.

    Tem um tanto de gente boa que escreve, deitando na tela suas impressões, o que percebe da vida e de si mesmo.

    É curiosa a diversidade: se alguns colocam sua foto e/ou deixam até seu telefone para contato, nem todos usam seu verdadeiro nome. Muito interessante, contudo, é perceber como esses últimos conseguem falar da verdade, do dia-a-dia, de sentimentos intensos e reais, vestindo um ser inventado. Imagino que seja o mesmo que escrever sobre alguém que está sentado no canto oposto do quarto, olhando quem dedilha no teclado: saberá se ele (a) é aquele (a) que escreve ou o (a) que observa?

    Diferentemente dos livros, em que normalmente a ficção impera sobre personagens e situações, nesse cenário de diários virtuais a realidade destila seu fel (ou mel) sobre pessoas que vivem e não se identificam.

    Fico pensando que, de repente, posso cruzar com Camille Bleue ou CatBlue sem jamais reconhecê-las (los) - o que poderia ser uma pena... Entretanto, é totalmente compreensível essa postura e ter cautela é recomendável, ainda que sem excessos.

    Num mundo onde conjugar o verbo confiar vai ficando cada vez mais perigoso, proteção é a palavra de ordem.

    Mas eu espero que ela não se faça soberana. Do contrário, a gente se esquiva, também, do milagre, sempre possível, de desfrutar de Olimpos - com suas adoráveis Afrodites -, que fazem Confissões ou não, mas que mostram que o mundo ainda é um bom lugar pra se viver.



    Eu já perguntei aqui um tempo atrás, mas o faço de novo: E você, usa máscaras? Elas o protegem? Do que exatamente?



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