Pra fechar o assunto sem deixar sombras: eu fiz uma reflexão sobre a Internet e as pessoas que optam por usar um nome fictício - geralmente até muito bonitos.
Não sou contra nem a favor de tal comportamento, simplesmente comentei. Não estou à caça de ninguém e, pra dizer a verdade, não tenho real curiosidade em conhecer ou encontrar ninguém especificamente. Terei especial prazer em conhecer algumas pessoas, mas não é uma meta nem uma obrigação.
A identificação não é assim, um passe de mágica. Aliás, a mágica é quando há a identificação.
Já reparei que muita gente que me visita tem linkado blogs que eu vou uma vez e não volto mais. Gostar de alguém - ou de ler seus escritos - não implica em necessáriamente gostar de tudo o mais que está ao seu redor.
Acho que esse intercâmbio, essa troca que se dá através da virtualidade, é muito produtiva e, por vezes, suficiente - até porque as pessoas nem sempre são, como muitos abordaram, os mesmos que escrevem (o que pode causar um impacto negativo: vai-se esperando encontrar uma pessoa e dá-se de cara com alguém totalmente diferente).
Acho a Internet muito mais perigosa para os que estão em busca do amor. Esses, deveriam se munir de cuidados redobrados - o que nem sempre acontece, dada a carência afetiva.
Mas quando se está por aqui sem esperar algo mais que amizade, é mais ou menos como estar num bar: conhecer pessoas é algo natural - como simplesmente olhar, sem conhecer, também o é.
Eu conheci meu marido através de uma lista de discussão, há cinco anos. Nesse mesmo encontro, meu primeiro com seres virtuais, conheci outras pessoas - e em novos encontros, outras mais. Todas hoje mantém contato - umas com mais ou menos proximidade, por conta, de novo, da identificação pessoal.
Mas todo mundo que foi para aquele primeiro almoço, o fez apenas para se conhecer. Ninguém pensava em namorar, casar ou qualquer outra coisa: o objetivo principal era se encontrar e ver quem era cada um com quem se fazia uma imensa troca de idéias - ou seja, era continuar fazendo a troca no olho no olho e, depois na virtualidade, sabendo que rosto tinha quem escrevia.
O que aconteceu a partir daí, teria se dado - ou não - num encontro casual. A diferença é que entre aquele grupo, havia um pré-conhecimento - do pensamento, tipo de vida, visão panorâmica de alguns assuntos, e por aí vai.
Mas o que quero deixar claro é que eu não acho que as pessoas têm que se encontrar, têm que se identificar: ninguém TEM QUE nada.
Eu só constatei um posicionamento nos blogs, uma diversidade de exposição: uns muito abertos (alguns até demais!), outros muito fechados, muitos no meio termo - que se protegem sem se camuflarem (que é o meu caso, acho).
Nada que todo mundo não saiba ou não tenha percebido, quem sabe, muito antes de mim...
E agora eu vou ver o Jô que daqui a pouco ele entrevista uma especialista em traição. Haja assunto, hein?
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