• Porque escrever é um vício.

    Depois de tudo, silêncio.

    Não importa se alegria ou dor: depois do riso ou da lágrima, uma quietude se instala, como a espreitar o movimento seguinte, as sensações e reações.

    Eu ando um pouco tumultuada interiormente: alguma coisa em mim está fazendo um barulho ensurdecedor e eu não sei ao certo o que é.

    Um tipo de urgência anda me consumindo: uma premência desconhecida me pressiona, questiona, quer respostas que não tenho para o que sequer entendo.

    Mais do que nunca, contradições me assolam: quero ardentemente algumas coisas sem muita certeza - como se a todo momento tivesse um desejo novo que, de tão mutante, planta a dúvida e deixa de ser necessário antes de se tornar real.

    Algum medo tem me acompanhado. Eu sei disso porque pesadelos da noite tem se deitado sobre o meu sono.

    O início do ano parece que foi há muito tempo - e talvez tenha sido mesmo, que ela disse que 2002 parece piloto de rally sem navegador (o que deve significar que as horas estão a avançar com rapidez curiosa e indiferente aos anseios muitos).

    Eu, que tento viver um dia de cada vez, sinto-me meio em transe: arriscadamente parada, a observar com aparente tranquilidade os passos que pisam ao meu redor, tentando adivinhar intenções através dos gestos - se verdades me cercam ou mentiras se camuflam no sorriso gentil.

    Talvez eu esteja com o que chamo de efeito retardado. É possível...

    Ou talvez eu esteja apenas um pouco cansada...




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