Nessa época de muitos aniversários de pessoas queridas, ando pensando: qual é a idéia que cada um tem de envelhecer? É natural ou sombreado de medos? Que peso tem a idade madura, esse somar implacável das horas?
A revista Claudia desse mês traz uma entrevista com Bruna Lombardi (mulher que admiro muito!), em que ela fala, vagamente, sobre os seus cinquenta anos chegando. E arremata: "Prefiro envelhecer a morrer jovem."
Percebo que algumas pessoas, na maior parte mulheres, escondem a idade. Talvez eu ainda seja jovem para compreender por que isso acontece, mas me pergunto o que essa atitude muda... Apenas números ou efetivamente esse exercício matemático causa algum efeito real?
Claudia Cardinale disse certa vez: "Um rosto conta uma história." Ou seja: os anos estão estampados nas linhas, mesmo que finas, que marcam nossas expressões...
Tá: com tantos produtos de beleza, isso pode ser minimizado; mas tudo que mora em nós não estará desenhado em nossa face, ainda que apenas para olhos mais atentos?
Acho mesmo que a idade está na alma... Eu me considero muito velha desde pequena, com uma estranha sensação de envelhecimento prematuro. Em algumas ocasiões que envolvem dor e sofrimento, eu me sinto envelhecer anos em um momento; em outras situações, percebo-me muito jovem e imatura, como alguém que sabe quase nada sobre tudo... E nenhuma dessas oscilações emocionais e temperamentais tem a ver com meus trinta e quatro anos...
Minha contradição não sabe responder: serei muito jovem ou muito velha?
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