Os dias andam a passar como segundos. Uma pressa intensa, curiosa urgência, tem me dado a impressão de tempo que avança incontrolável. Ansiedade deve ser o nome disso. Aquilo que o interior arrasta pro futuro, querendo antever o resultado, o fim antes dos meios - na verdade, atravessando os meios, espiando o fim.
Eu ando assim: turbinada num futuro que parece distante, mas ao mesmo tempo está logo ali, ao alcance das mãos. Talvez me falte apenas o passo decisivo, que se embola no compasso da indecisão. Dormência interna.
Eu ando às voltas com muito trabalho, num momento de foco bastante direcionado de ampliação e desbravamento. Isso demanda esforço, atenção redobrada, incansável insistência nos projetos elaborados - de outra forma, a gente se perde de vista nos próprios objetivos. A hora, pra mim, parece ser agora - e como o 'agora' passa super rápido, a urgência se agiganta a cada dia, mais e mais.
Contradição: queria descansar, viajar, sentar na areia diante do mar numa silenciosa contemplação de serenidade. Esse gigante - que sempre me foi porto de energia - e eu, debaixo do céu (outro gigante insondável).
Paz... Sim... Cadê a paz? Eu ando em silenciosa caçada de paz...
2 comentários:
Oi, Débora!
Sempre bom te ler! Mas essa sensação de ansiedade aí, chegou a apertar o coração aqui...
O mar, o céu, todas essas grandes criações e mistérios que fogem do nosse controle nos dão sensação de paz, não é?
As coisas, você sabe na teoria, resolvem-se aos poucos, uma de cada vez, independente do "barulho" da nossa angústia. Procure a paz sim, saia à caça dela e abra um espaço para que se aloje dentro de você, porque é aí que ela tem que ficar.
Beijo enorme!
Sabe, Debby, eu ando assim também, numa urgência de vida, de trabalho, de produção... Mas o meu corpo, novamente, tá avisando que devo ir devagar. Depois de três semanas gripada, estou com suspeita de pneumonia, amanhã irei ao médico e farei os exames.
Muita paz pra você, querida.
Beijinhos
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