• Porque escrever é um vício.

    Longo tempo sem escrever por aqui. Aliás, longo tempo sem escrever.
    É que a vida anda urgente, escrever ficou subjetivo - embora não queira dizer que não faça falta. Faz. Mas há vida que espera providências, não tenho conseguido o tempo e a calma necessários para dedilhar idéias. Textos inteiros ficam nos cantos da mente. De noite, se escrevem em sonhos...

    O fim do ano se aproxima mais uma vez. E mais uma vez fogos de artifícios anunciam esperanças e desejos. A gente fica desejando enterrar o ano que finda junto com as tristezas, as lágrimas, as dores e perdas. Se pega desejando que todas as frustrações, as dúvidas, as amarguras, os desesperos, se escondam num baú fora do alcance dos olhos - e do coração. Agora, é tempo de acreditar. Tempo de certeza - alguma certeza - de que algo de bom vai acontecer. Amém!

    2006 termina pra mim sem deixar muita saudade. Não foi, nem de longe, um ano bom. Claro, teve seus dias felizes, suas vitórias - principalmente profissionais -, as alegrias cotidianas. Embora eu calcule tudo pela média, vamos combinar que esse ano foi de confusão: mundial, nacional, pessoal. O universo de ponta cabeça, fora de prumo, fora de rumo. Vida que aconteceu, muito às avessas, em todos os segmentos. 2006 cansou.

    Por aqui, a notícia recente de um tumor maligno em uma de nossas cachorras fecha o ano com uma ponta de angústia. Animais com câncer são daquelas coisas que me fogem da compreensão. Confesso que cheguei a pensar que as nossas duas 'ninas', seres adoravelmente queridos, puros e inocentes, que nos recebem sempre felizes - seja pela ausência de cinco minutos ou dez dias -, que nos causam tanta alegria, estivessem protegidas desse mal. A surpresa veio quando ambas pareciam atingidas pela praga - uma nas mamas, outra no ouvido; se há uma coisa boa, é que ao menos uma está fora do alcance dessa proliferação desenfreada de células. 2007 começa, portanto, pedindo decisões difíceis: quimio para nossa pequena Sandy ou deixar o curso natural da vida agir? Dói só de pensar... Seja como for, há que se viver um dia de cada vez: sem planos - pequenos ou mirabolantes, que não sou dada a planejar, só a sentir e acompanhar o curso...

    E é isso: vida que não pára de acontecer, cobrar, exigir. E de algumas coisas, não damos conta. Por exemplo, desse blog. Lamentável, mas é como as coisas são.
    De toda forma, para quem ainda eventualmente passa por aqui, quero deixar um beijo muito carinhoso. Expressar em palavras tudo que a gente espera e deseja a quem quer bem, pode ser uma tarefa impossivel. Assim, para você que tem quase tudo, quero desejar um pouco mais de união, intensidade, amizade, amor, inspiração, saúde, beleza, paixão, ousadia, sonhos, alegria, paz, leveza, esperança, tudo de muito bom.

    Que venha 2007 com energias novas, positivas, melhores para todos nós...

    1 comentários:

    Anônimo disse...

    Débora,

    Sabes que sempre venho aqui??? Ver se encontro alguma coisa nova postada... e se não há leio as expressões antigas.

    Sei que desapareci, não dei nenhum até logo... não entendo porque fiz isso, mas precisei me desligar de tudo e de todos e recomeçar.

    Só que com você é diferente, sinto saudades de ler, de saber como estás. Não sei explicar, mesmo antes de conhecê-la pessoalmente, eu já nutria por ti um carinho muito especial, que só aumentou com o passar do tempo.

    Fiquei tão emocionada ao lê-la, para mim o ano de 2006 começou muito mal, mas deslanchou... Consegui uma colocação profissional no meio do ano em uma empresa alemã... e aprendi até a dirigir.

    Ai, quando se trata de cães, eu fico muito frágil, o meu cão Apolo morreu de câncer há três anos, parecia que nós havíamos morrido um pouco com a sua doença e depois com o seu falecimento.

    Desculpe-me o sumiço.

    Saudades e desejos de um 2007 cheio de LUZ.

    E que Deus abençoe a pequena Sandy.

    Thaís Barcala

     

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