• Porque escrever é um vício.

    Não se pode dizer que voltei a escrever nesse espaço, apenas que, muito eventualmente, pego-me a divagar através da escrita novamente. Temo, portanto, decepcionar as fiéis pessoas que ainda espreitam esse dedilhar espaçado, mas espero que possam compreender que a vida aqui, do lado de cá da tela, anda a se fazer muito urgente: os meus dias precisavam de, pelo menos, umas seis horas a mais.
    Sempre ouvi dizer que quem diz que não tem tempo pra nada, é quem mais vive na ociosidade. Pudera afirmar que isso é verdade! Não sei quem inventou essa metáfora - quem sabe alguém ocupado apenas com filosofias -, mas fato mesmo é que cada vez mais descubro que tenho tempo para tudo e que o tempo é que não tem disponibilidade para as muitas coisas que aguardam minhas providências. Anda muito apressado, o tempo...
    Aliás, o que é mesmo o tempo? Cecília Meireles certa vez escreveu:

    "És precária e veloz, felicidade. Custas a vir, e, quando vens, não te demoras. Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo, e, para te medir, se inventaram as horas."

    Tem razão, minha querida Cecília: o tempo, em se tratando de felicidade, é alucinadamente célere: avança, louco - feito o Coelho Maluco de "Alice no País das Maravilhas" -, como se estivesse sempre atrasado. É só na dor, no luto, na ausência, no abandono, no dissabor e angústia, que o tempo se arrasta, lento e amargo.
    Isso me faz lembrar Virginia Woolf:

    "Encarar a vida de frente... Sempre... Encarar a vida de frente e vê-la como ela é... Por fim entendê-la e amá-la pelo que ela é... E depois deixá-la seguir... Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas."

    Sim... Sempre 'as horas'...

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    Ah! Sim: é preciso dizer que os arquivos antigos foram 'engolidos' pelo meu antigo provedor. Nesse espaço, nos arquivos, consta apenas uma parte do blog - que, como vocês sabem, tinha outro endereço. O que consegui resgatar de quando eu hospedava o blog no próprio Blogspot, é o que dá pra ler; o restante, infelizmente, descansa em arquivos no meu próprio computador e será impossível colocar on line novamente. Assim, peço desculpas aos visitantes que, em tempos de recesso, costumavam ler os textos que outrora escrevi. A esses, deixo meu especial agradecimento pelo carinho de sempre.

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