• Porque escrever é um vício.

    A música que está postada abaixo, de Oswaldo Montenegro, esteve me acompanhando ontem o dia todo.

    Uma antiga amiga do meu marido telefonou logo pela manhã: queria saber de nós, estava com saudades: foi convidada a vir para o jantar na próxima quinta. A última vez que a vimos, foi em Outubro do ano passado. Mas ela foi presença constante por alguns anos na vida dele - inclusive, foi apaixonada por ele. Mais tarde, desapareceu - sua presença incomodava o ex-casamento dele. Recentemente, voltou a procurá-lo: são grandes amigos. De minha parte, eu a quero bem.

    Pela manhã, também recebi um e-mail da minha dupla de rallye. Cintia foi grande companheira dos tempos de faculdade: foi quase uma irmã. Mas um imprevisto nos separou e foi em Outubro de 1998 a última vez que nos encontramos - um pouco antes de eu me mudar definitivamente para São Paulo - por acaso, no shopping Galleria (em Campinas), lugar em que muitas vezes estivemos juntas. Naquela ocasião - em que já fazia um ano e meio que não nos víamos -, tomamos um café e nos despedimos sem saber que não nos veríamos novamente tão breve - ou, quem sabe, pressentindo que isso aconteceria (porque sem razão ambas choramos).

    A vida tem dessas coisas: parece que há um ponto em que divide caminhos e não é mais possível seguir junto a todos os que amamos. Eu não sei porque isso acontece. Sei apenas que um homem - ou uma mulher - pode separar pessoas amigas, pessoas cúmplices, pessoas quase irmãs.

    Não importa. Importa mesmo o que levamos conosco e eu a trouxe comigo: ela sempre me foi muito querida e por querê-la tão bem, só me restou compreender suas escolhas.

    Faz vinte dias tomei coragem e lhe escrevi: queria apenas saber como estava. E a resposta veio hoje: ela está bem - pelo menos, foi o que disse. E eu vou me obrigar a acreditar porque não estou lá, não estava lá nos últimos quatro anos, e se não aprovo a maneira como ela conduziu sua vida - como não aprovava antes e por isso preferi me afastar -, não me compete julgá-la, sequer falar-lhe sobre isso.

    Fato é que ela casou-se há dois meses com o imprevisto e isso põe termo a uma amizade que, se permanece em nós, não poderá, hoje sei, ser retomada com proximidade.

    São as escolhas que fazemos. Elas ditam nosso destino...



    Faça uma lista de grandes amigos / Quem você mais via há dez anos atrás...

    Creiam-me: isso pode doer um bocado...




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