Tem uma angústia que de repente se instala.
Sem razão aparente, sem motivo: só um medo. Um medo de tudo, de nada. Um tipo de medo que se infiltra, cola nas frestas da alma, tira o foco.
Então, pensamentos negros espreitam pelos segundos em que não se quer pensar em coisa alguma: ficam lá, na segunda mente, falando de como tudo pode dar errado.
De noite, pesadelos. No sono agitado, as sombras se agigantam - um sinal bem invertido.
O toque do telefone causa um frio na espinha: a notícia que chegará, a qualquer momento, será boa ou trará aborrecimentos? De certa forma, eu detesto telefone: ele consegue ser tão surpreendente!!! E eu, claro, só gosto das surpresas boas - algo do qual nem sempre ele é portador...
Externo. Já viu como o externo pode nos dividir ao meio? Já viu como somos capazes de dar uma importância enorme a quem não tem nenhuma mas, de alguma maneira, nos afeta?
Estou precisando ir ver minha mãe - um pouco de colo sempre ajuda, parametra de novo pro que faz sentido. E devolve alguma segurança - coisa que, nesse instante, está abaixo de zero...
De que paredes sufocantes são feitos os medos?
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