Hoje é aniversário do meu enteado mais novo, o Nando - que faz 22 anos. Ele veio almoçar conosco - com direito a bolo e brigadeiro, como sempre faço para todos.
Ele e meu marido ainda conversam na sala, e eu desejo que ele seja muito feliz...
Mas pela manhã minha mãe ligou, muito aborrecida: meus irmãos, por conta de intrigas da esposa do mais velho, discutiram - e feio. Eu ouvi tudo calmamente e tentei tranquilizá-la e amortecer sua preocupação, mas depois chorei muito: porque estou longe e não sei o que fazer (e provavelmente também não o saberia se estivesse perto); porque já não cabe mais para nós rupturas e separações; porque amo aos dois, mas gostaria de poder proteger o mais novo - que sempre me pareceu tão mais sem norte; e, principalmente, porque meu pai já não está mais aqui e, de repente, bate-me a sensação de que estamos, todos, tão sós!!!...
Deveria ser proibido morrer jovem (ou, pelo menos, antes dos 80)!
Eu às vezes me sinto muito triste e cansada e, nessas ocasiões, pergunto-me para que vivemos, afinal...
Mas Letícia, minha sobrinha - filha do meu irmão mais velho -, acaba de ligar: ela precisa de duas poesias infantis para um trabalho de colégio. Eu vou em busca para ela...
Venta lá fora, faz frio... E o dia segue regado com alegria e dor - que são, aliás, as margens da contradição pelas quais a vida se desenha.
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