Eu vou dizer: fico possessa quando percebo a tendência que se tem em proteger e justificar os atos maldosos. O bem parece ser obrigação do ser humano e é raro que, quando da sua prática, se mereça algum tipo de real atenção.
Mas quando alguém comete um erro, chegam a nós todo tipo de explicações: o desvario momentâneo, a necessidade de chamar a atenção, a carência em alta, a auto-estima em baixa, sua vida em roda-viva - e por aí vai.
Poucos são os capazes de reconhecer que alguém que prejudica, mata, rouba, magoa, atinge outra pessoa, pode ser pura e simplesmente porque é assim que ele age e reage, e que não há nada além do seu desvio de caráter em pauta (pelo menos naquele momento) - o que não quer dizer que essas pessoas não sejam capazes de também causar benefícios.
Mas o que eu não compreendo é a dificuldade em se discernir uma coisa da outra.
Não falo de julgar, apenas de saber a diferença sem querer mostrar, todo o tempo, as pérolas que se escondem por baixo da lama.
Toda mãe tem direito a ter um filho preferido, mas a minha às vezes me aborrece profundamente...
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