Essa semana, o inesperado - natural para muita gente - me atropelou e ainda tenho seus reflexos: estou há três dias com uma terrível dor de cabeça.
Acontece que essa é uma dor que eu não tenho. Em 34 anos, acho que posso contar nos dedos de uma só mão as vezes em que fui derrubada por essa dor - nem nos tempos de maiores crises! Desenvolvi úlceras, ovários policísticos, reumatismo precoce, mas dor de cabeça... raramente.
E o que fazer com algo que não se sabe lidar?
A sensação é de que meu lado esquerdo vai parar todo ou explodir.
Minha mãe ainda telefona e diz que sonhou que eu tinha morrido. Eu nem falei dos últimos dias...
Agora: a gente bem que podia morrer sem passar pelo insuportável, não?
Daquele jeito calmo que descreveu Shakespeare:
(...) “Morrer; dormir... Só isso.
E com o sono – dizem – extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável.
Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar...
Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte..." (...)
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