• Porque escrever é um vício.

    A Fórmula I perdeu muito do seu glamour depois da morte de Ayrton Senna - e vou arriscar dizer que não foi apenas para os brasileiros. O esporte da alta velocidade ficou sem um dos homens mais arrojados e destemidos de sua história.

    Nós temos um livro sobre o automobilismo, da Quatro Rodas, que diz que Senna foi o melhor piloto de todos os tempos especialmente porque ninguém era obcecado pela vitória como ele. Essa deve ser uma razão bem pertinente, mas fato é que, mais do que seu perfeccionismo em atingir tal objetivo, ele era carismático na sua timidez, nas poucas palavras, nos olhares - aqueles que, hoje a gente sabe, eram os de quem tem aquela angústia de que seu tempo é urgente.

    Fatalidade na sua mais larga expressão, ele errou onde não podia errar, fazendo do muro de Imola seu passaporte de encerramento: fecharam-se as cortinas de um dos maiores espetáculos mundiais.

    Mas isso foi breve: o show tem sempre que continuar e novas esperanças e expectativas foram lançadas.

    Hoje, a Ferrari nos desiludiu com sua arrogância e Rubens Barrichello - que, de toda forma, não pode ser considerado um vencedor e menos ainda comparado a Senna -, perdeu o título conquistado no GP da Áustria.

    Pessoalmente, não gosto do Rubinho e ponho fé no aparecimento de um piloto brasileiro mais audacioso - ou, quem sabe, em Felipe Massa (com uma escuderia e um carro melhores, acho que ele tem potencial para se tornar favorito num futuro não muito distante). Mas fala sério: que foi aquilo que os dirigentes italianos fizeram?

    Que há máfia também nas pistas a gente já sabe; a novidade, pra mim, é o tamanho do descaramento...




    UOL / Reuters


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