• Porque escrever é um vício.

    Hoje foi um dia em que levantar da cama me obrigou a um esforço sobre-humano. De vez em quando, eu me sinto muito preguiçosa...

    Então, penso em voltar a trabalhar - embora isso não queira dizer que eu faça algum movimento real nesse sentido.

    Pessoalmente, eu não gosto mais de ter vida profissional. Acho que abdiquei disso quando saí do jornal - e lá se vão cinco anos. Eu trabalhava há sete junto à Diretoria de Jornalismo do maior regional paulista e, com o tempo, a novidade que envolve a imprensa escrita - tudo sempre em primeira mão -, a triagem do que é importante (?), e - porque não dizer? -, a eventual e não rara manipulação das notícias e depoimentos, acabou por me cansar. De repente, eu achei que não fazia mais parte daquilo e me demiti - para surpresa de muitos, inclusive da minha família.

    Morava sozinha, tinha uma vida por minha conta e risco e, com certeza, essa foi uma das loucuras da minha trajetória.

    Eu tinha 29 anos e queria fugir daquele meu mundo tão organizado. Encaixotei todas as minhas coisas num quarto na casa dos meus pais, fiz as malas e fui aportar no Rio.

    Arrumei, milagrosamente rápido, um emprego na assessoria de imprensa da Cruz Vermelha, e fiquei lá uma temporada, até a doença do meu pai se agravar. Então, voltei para casa.

    Nesse retorno, conheci meu marido, meu pai morreu e eu vim viver em São Paulo. Nos últimos quatro anos, até que tive alguma vontade de retomar minha carreira - e estive no mercado por períodos isolados -, mas descobri que virei uma pessoa que se dá o benefício de fazer apenas o que quer - claro, isso se deve dar porque eu tenho esse privilégio, amparada por uma vida financeira confortável que é proporcionada pelo homem que me ama - e que eu amo igualmente.

    Mas vez ou outra, em penso em tentar mais uma vez e, quem sabe, ter a sorte de despencar no lugar certo.

    Meu irmão tem uma loja de artigos esportivos especializada em Tenis (o esporte) em Campinas, num shopping, e vive sondando-nos para uma ampliação. A questão é que tal deve se dar pelas bandas do interior - o que nos inviabiliza, que meu marido não sai de SP.

    Gostaria de ter um negócio próprio, algo que eu pudesse conduzir à minha maneira. Descobri, quando saí do jornal, que quatro paredes me sufocam.

    Eu sou um ser da terra - virginiana -, que, contraditoriamente, gosta de voar...

    Liberdade para as borboletas...


    Anne Geddes


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