• Porque escrever é um vício.

    De vez em quando, parece que a gente entra em inferno astral fora de época. É como se uma lua negra se infiltrasse pelas brechas e revirasse tudo.

    Então a gente se questiona e tem a impressão de que está vencendo nos lugares errados, como se a realização do que se projetou não estivesse onde a gente está.

    De repente, um turbilhão de dúvidas se apodera de nós e traz a sensação de que todas as nossas certezas estão ruindo.

    Os caminhos que se escolheu parecem desembocar em encruzilhadas e o que até bem pouco tempo estava fincado na categoria de definido, ergue-se e fica a se embaralhar nas contradições. Castelo de Cartas...

    Fica-se suspenso...

    Parte de nós permanece presa ao que construiu - não sem dificuldade, diga-se de passagem -, e outra parte vai alçando vôo espiando outras paisagens, novas perspectivas, outros sonhos...

    As metades do todo não se juntam - tal como as margens de um rio cujas águas separam as bordas, impossíveis de se encontrar.

    Levantar uma ponte talvez fosse a solução, mas será que existe alguma maneira de desenhar um futuro diferente, em outra direção, sem romper com o presente?

    Ninguém gosta de fazer escolhas erradas, mas como saber sem arriscar?




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