• Porque escrever é um vício.

    Não é raro: as pessoas que acreditam em Deus - especialmente essas - costumam culpá-Lo quando algo dá errado e tragédias despencam sobre suas cabeças, ou numa extensão maior, da humanidade.

    Mesmo assim, apegam-se a Ele - Aquele mesmo, O culpado -, implorando por ajuda. Ajoelham-se diante de altares, descobrem novos templos, outras religiões, cantam, batem palmas, transformam-se em vigorosos cristãos.

    Nada contra, não estou aqui para julgar crenças, que até mesmo eu, em alguma parte da estrada, já me dediquei a desvendar os mistérios de Deus e a tentar entender Suas palavras.

    Conto: eu fui filha de uma família complicada e assistia crises matrimoniais diariamente. No início da adolescência, quando eu estudava em colégio de freiras, apresentaram-me os pentecostais e eu achei aquilo tudo bárbaro - sem contar que imaginei ter descoberto um jeito milagroso de 'salvar' os meus daquele inferno cotidiano de discussões constantes. E passei a freqüentar as reuniões de jovens - cheguei até a ser vice-presidente do grupo! -, cantava no coral, acampava, e acho que passava mais tempo na igreja que em qualquer outro lugar.

    Até que um dia eu olhei para tudo e desconfiei: Deus não estava me ouvindo! E nunca mais apareci por lá...

    Não... Eu não deixei de acreditar em Deus. Apenas descobri que as coisas são como são e que, de certa forma, Deus não pode fazer muita coisa diante delas - até porque, lá atrás, em algum momento, Ele já instituiu tudo de um jeito e afinal, há que se entender que não dá pra ficar mudando toda hora.

    Além do que, sejamos compreensivos: Deus é um Homem muito ocupado! Olhem o tamanho do mundo! A quantidade de pessoas! Já imaginaram alguém, sozinho, atendendo cada pedido novo, a cada momento? É de enlouquecer qualquer um - inclusive Deus!



    Mas eu comecei a escrever sobre isso porque andei lendo por aí essa coisa de que Ele, o Deus, faz testes com a humanidade. Os parâmetros para alguns desses comentários fincam-se na morte de Elis Regina, Cássia Eller, a derrubada do WTC e afins...

    Bom... Eu só queria lembrar que as escolhas são nossas e somos os maiores responsáveis por elas e pelos desdobramentos que refletem em nossas vidas - e na dos outros.




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