Essa noite eu sonhei com meu pai. E com essa centralização no nascimento da nossa neta, eu sonhei que tinha uma filha, que brincava com ele.
Esse tipo de visita noturna de gente que já partiu e de quem ainda não chegou, me causa um entorpecimento, uma angústia, inquietação e, naturalmente, lágrimas.
Meu marido me abraça: diz que está tudo bem - e está mesmo (bem demais, eu diria) -, e porque ele conhece minha alma melancólica, teme que eu regresse para o abismo dos meus sótãos - lugar soturno que abandonei há algum tempo e para o qual me esforço para não voltar: enche-me de carinhos e cuidados...
Nosso coração abriga tanta contradição! E é impossível controlar as emoções desse caçador solitário...
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