De vez em quando o sono me foge e eu fujo para dentro de mim.
Meus espelhos me olham devolvendo minhas muitas inquietações.
Nenhuma tristeza, só um pouco de memória: surge a infância distante, que desde sempre abriga essa turbulência noturna... Minha angústia precoce nos seus primeiros movimentos...
Foi há muito tempo que eu descobri que essa é a hora mais fria da madrugada: não importa quanto calor faça, uma brisa gelada sopra durante a troca que a escuridão faz com a luz. O que será que pleiteiam uma com a outra? Que segredos se desvendam quando o dia se descobre de seus véus, sua face escancarada, e a noite se enreda sob seus mantos, ocultando seu rosto nas sombras?
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