Os domingos têm uma peculiaridade: são preguiçosos... Normalmente, começam tarde, com o café da manhã na hora do almoço...
Eu gosto disso: esse descompromisso com horários, essa irresponsabilidade diante das horas... Detesto o convencional, o obrigatório, o padrão: o inusitado, o desprogramado, essa disponibilidade para a aventura, faz os dias mais leves...
Ser livre é importante... Eu fui criada sem amarras, de um jeito simples, sem maiores complicações: isso não me fez uma mulher sem limites. Ao contrário, me fez reconhecer espaços e delimitar avanços alheios - e os meus diante das pessoas que amo... Eu sou disciplinada e propensa ao respeito mútuo...
Mas eu estou falando do domingo...
O nosso, foi deliciosamente calmo... Amanheceu um dia claro, de céu aberto e sol a pique - que começou pra nós por volta das onze, com conversas, risos e sorrisos, rala e rola na cama: o café só saiu depois da uma...
Às três, lembramos de almoçar: Liberdade. É um bairro aqui em Sampa, que tem uma feira dominical onde se pode comer camarão, bolinhos de bacalhau, yakissoba e todas as especiarias japonesas - sentados na calçada... A gente também passeou por aí e voltou pra casa com flores para colorir nosso lugar.
Daqui a pouco, um lanche gostoso, com queijos e frios, suco e sorvete - a gente faz um meio-regime, nada à risca... Quem sabe, mais tarde, pipoca... Namorar...
Os dias, para serem especiais, só precisam do nosso desejo e disposição para os tornar assim... E a noite, como dizem os poetas, é uma criança...
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