• Porque escrever é um vício.

    Meu marido costuma dizer que nada começa com "então".

    E como eu começo um monte de frases com essa expressão conclusiva, a gente está sempre rindo de mim - e dele, que não se cansa de me corrigir brincalhonamente (essa palavra existe? se não, acabei de inventar).

    Nós vivemos uma vida sem grandes complicações, numa casa que é iluminada - apesar da sempre meia luz e da chama de velas -, de tons e sobretons em todas as cores do mundo encerrados num espaço que tem a nossa cara e que é só nosso - embora a gente concorde em dividir com os que amamos...

    É uma vida - com tudo o que uma vida pode implicar - construída a quatro mãos... Somos comprometidos com a felicidade e acho que posso falar por nós: o manto da alegria nos protege, e os dias e noites transcorrem sem pressa, sem rodeios, de um jeito calmo e bom - aquele jeito de quem tem a vida inteira para ficar junto...

    Eu hoje estou escrevendo sobre essa intimidade porque me deu uma vontade imensa de contar para o mundo sobre a minha paz e do meu amor...

    E porque se eu morrer de repente - como pode acontecer, já que sou uma mortal comum -, quero deixar registrado que esse homem me deu de presente os meus anos mais felizes: os melhores que vivi...

    E se o destino nos pregar uma peça e tudo mudar, não quero me esquecer da generosidade com que fui abençoada: quanta gente não passa uma vida inteira sem viver um momento da plenitude em que todos os meus segundos estão guardados...



    Então... Tá ai: minhas impressões mais ternas lançadas para a eternidade - enquanto ela durar...




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