Então tá: estou às margens do meu inferno astral e ninguém deve levar muito a sério o que escrevo por essa temporada... Eu fico um pouco amarga sem razão e isso se reflete um tanto no meu jeito de escrever...
Nasci na Primavera, aos trinta e cinco minutos de uma madrugada de quinta-feira, sob o manto de uma lua cheia... Tempo bom de vir ao mundo: a época das esperanças - tão puras quanto as flores - e da nostalgia...
Quase todo mundo tem uma história que se fez em Setembro e que dá saudade: marcou, ficou cravada na memória, deixou perfume na pele, tatuou o coração...
Setembro tem um ar de outono, quando ainda as folhas caem; uma ponta de verão, quando o sol começa a aquecer; os vestígios do inverno, com sua brisa sutilmente fria... É a estação da contradição... Não deve ser de admirar o fato de que eu abrigue em mim nada diferente dessa confusão temporal...
Mas li lá no Astrológica uma coisa interessante que eu ainda não conhecia sobre o meu signo: ele carrega em si a arte da alquimia... Sei de mim, com meus dons culinários herdados de avós e bisas, mas nunca fiz ligação disso com minha alma virginiana... "Uma pitada aqui e ali, e a receita está pronta..." Deve ser por isso que eu nunca consigo seguir à risca nenhuma receita e nem passar com certeza a quantidade de nada que coloquei em qualquer prato... É tudo automático, de um jeito repentino, despercebido, sem peso nem medida...
Alquimia... Queria descobrir também o segredo da pedra filosofal... Deve ser bem interessante transformar metal em ouro - pra dizer o mínimo...
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